Localizado no município de Ubatuba, o Parque Estadual da Ilha Anchieta é uma área de proteção ambiental criado através do decreto de lei 9.629 de 29 de Março de 1977 do Estado de São Paulo e administrado pelo Instituto Florestal, órgão vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. É uma das áreas protegidas no estado de maior importância dada sua riqueza histórica e natural que compõe seu cenário.
Fachada do antigo presídio. |
Com uma área de 826 hectares (8,26 km²), a ilha abriga a paupérrima fauna, a maioria introduzidos na Ilha em 1983 pelo Zoológico de São Paulo. Hoje a ilha possui uma superpopulação de capivaras, macacos-prego, saguis, quatis, gambás, lagartos, tatus e cutias. Levantamentos científicos constataram a presença de apenas 72 espécies de aves, entre as quais: sabiá, juriti, tangará, tiésangue, colerinha, saíra, bem-te-vi, atobá, gaivota e beija-flor. Algumas espécies devem ter sido extintas devido ao corte de madeiras, fogo, caça e recentemente pela predação de ninhos pelas espécies exóticas, como coatis e saguis. A grande maioria dos animais introduzidos abrigam doenças transmissíveis ao homem. Além disso a ilha possui o mosquito vetor de gripe aviária.
Nas águas cristalinas que cercam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, robalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade. No Parque Estadual é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha, colher mudas, cortar plantas, levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.
Quem estiver disposto a uma caminhada, pode fazer trilhas pela ilha. Costões cercados de Mata Atlântica levam à Praia do Sul. A Ilha encanta seus visitantes com suas sete praias. A trilha da prainha tem 530 metros de extensão. Liga a Praia do Presídio à praia do Engenho, onde grandes rochas formam uma piscina natural no mar.
Diversas espécies da vida marinha podem ser vistas em suas águas claras e transparentes. O acesso a ilha é feito desde o Saco da Ribeira (há passeios de escuna de turismo a partir da praia do Itaguá). Mas cuidado com as jararacas, a ilha está repleta de cobras. Procure sempre andar de botas nas trilhas, cada ano pelo menos 2 turistas são picados por jararacas.
A ilha recebe 90 mil turistas por ano, a grande maioria no carnaval e semana santa.
No passado, a ilha era um presídio de segurança máxima que abrigava os piores bandidos do Estado de São Paulo.
Em 1952, esse presídio protagonizou a pior rebelião da história do sistema carcerário, com vários presos e policiais mortos em confrontos durante dias na ilha, sem contar as tentativas de barbáries que os detentos queriam contra os parentes dos funcionários que moravam na ilha.
A rebelião de 52 foi um dos principais motivos para que o presídio fosse desativado na ilha e criassem outros estabelecimentos prisionais como a Casa de Detenção de São Paulo, no bairro do Carandiru. Até hoje, a ilha tem histórias de fantasmas de presos que vagam por ali. Além disso, a Vera Cruz fez um filme anos depois que tratou do assunto, "Mãos Sangrentas".
A rebelião de 52 foi um dos principais motivos para que o presídio fosse desativado na ilha e criassem outros estabelecimentos prisionais como a Casa de Detenção de São Paulo, no bairro do Carandiru. Até hoje, a ilha tem histórias de fantasmas de presos que vagam por ali. Além disso, a Vera Cruz fez um filme anos depois que tratou do assunto, "Mãos Sangrentas".
Celas da antia prisão. |
Família de Capivaras em um lago no parque. |
Uma das praias da Ilha. Praia da Ilha. |
Você pode escolher partir de várias praias para a Ilha e vários tipos de barcos. Eu sai da praia do centro em uma Escuna. A viagem durou cerca de 1:30 a 2:00 horas, mas a paisagem e as paradas para mergulho valem a pena.
Dica: Leve água e um lanche para comer. NADA é vendido na Ilha, e muitas vezes o que é VENDIDO nos barcos acabam durante a ida... E não se esqueça, NÃO DEIXE e NÃO RETIRE nada da Ilha!
Informações: http://www.ilhaanchieta.com.br/
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