domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ilha Anchieta - Ubatuba - SP

Localizado no município de Ubatuba, o Parque Estadual da Ilha Anchieta é uma área de proteção ambiental criado através do decreto de lei 9.629 de 29 de Março de 1977 do Estado de São Paulo e administrado pelo Instituto Florestal, órgão vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. É uma das áreas protegidas no estado de maior importância dada sua riqueza histórica e natural que compõe seu cenário.


Fachada do antigo presídio.
Com uma área de 826 hectares (8,26 km²), a ilha abriga a paupérrima fauna, a maioria introduzidos na Ilha em 1983 pelo Zoológico de São Paulo. Hoje a ilha possui uma superpopulação de capivaras, macacos-prego, saguis, quatis, gambás, lagartos, tatus e cutias. Levantamentos científicos constataram a presença de apenas 72 espécies de aves, entre as quais: sabiá, juriti, tangará, tié­sangue, colerinha, saíra, bem-te-vi, atobá, gaivota e beija-flor. Algumas espécies devem ter sido extintas devido ao corte de madeiras, fogo, caça e recentemente pela predação de ninhos pelas espécies exóticas, como coatis e saguis. A grande maioria dos animais introduzidos abrigam doenças transmissíveis ao homem. Além disso a ilha possui o mosquito vetor de gripe aviária.


Nas águas cristalinas que cercam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, robalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade. No Parque Estadual é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha, colher mudas, cortar plantas, levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.
Quem estiver disposto a uma caminhada, pode fazer trilhas pela ilha. Costões cercados de Mata Atlântica levam à Praia do Sul. A Ilha encanta seus visitantes com suas sete praias. A trilha da prainha tem 530 metros de extensão. Liga a Praia do Presídio à praia do Engenho, onde grandes rochas formam uma piscina natural no mar.


Diversas espécies da vida marinha podem ser vistas em suas águas claras e transparentes. O acesso a ilha é feito desde o Saco da Ribeira (há passeios de escuna de turismo a partir da praia do Itaguá). Mas cuidado com as jararacas, a ilha está repleta de cobras. Procure sempre andar de botas nas trilhas, cada ano pelo menos 2 turistas são picados por jararacas.
A ilha recebe 90 mil turistas por ano, a grande maioria no carnaval e semana santa.
No passado, a ilha era um presídio de segurança máxima que abrigava os piores bandidos do Estado de São Paulo.
Em 1952, esse presídio protagonizou a pior rebelião da história do sistema carcerário, com vários presos e policiais mortos em confrontos durante dias na ilha, sem contar as tentativas de barbáries que os detentos queriam contra os parentes dos funcionários que moravam na ilha.

A rebelião de 52 foi um dos principais motivos para que o presídio fosse desativado na ilha e criassem outros estabelecimentos prisionais como a Casa de Detenção de São Paulo, no bairro do Carandiru. Até hoje, a ilha tem histórias de fantasmas de presos que vagam por ali. Além disso, a Vera Cruz fez um filme anos depois que tratou do assunto, "Mãos Sangrentas".

Celas da antia prisão.



Família de Capivaras em um lago no parque.



Uma das praias da Ilha.

Praia da Ilha.


Você pode escolher partir de várias praias para a Ilha e vários tipos de barcos. Eu sai da praia do centro em uma Escuna. A viagem durou cerca de 1:30 a 2:00 horas, mas a paisagem e as paradas para mergulho valem a pena.

Dica:  Leve água e um lanche para comer. NADA é vendido na Ilha, e muitas vezes o que é VENDIDO nos barcos acabam durante a ida... E não se esqueça, NÃO DEIXE e NÃO RETIRE nada da Ilha!


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